A presente cartilha tem como objetivo orientar os hospitais e clínicas médicas parceiros do laboratório Anatomia – Patologia Diagnóstica sobre acondicionamento e conservação de amostras biológicas para a realização de exames anátomo patológicos, de citologia, de imunohistoquímica e/ou hibridização in situ. Ressaltamos que para a elaboração do presente material foram consideradas as normas e orientações de boas práticas essenciais para a garantia da qualidade dos exames realizados, pois a correta identificação, preservação e encaminhamento ao laboratório estão intimamente ligados a segurança do diagnóstico eficiente.
Na área da saúde um dos protocolos mais importantes é o protocolo de segurança do paciente e, nesse sentido, a sua aplicação para que o laboratório possa realizar os exames com qualidade, segurança e agilidade começa com a identificação adequada e compatível entre o paciente, sua amostra biológica (armazenada em recipientes específicos), o pedido médico e a lista de rastreabilidade utilizada no momento do protocolo de entrega dos itens pelo hospital e/ou clínica parceiros. Os dados do pedido médico direcionam todo o cadastro do exame e, de certa forma, indicam os caminhos mais eficazes a serem seguidos durante as análises macro e microscópicas.
Material | Acondicionamento | Temperatura/Prazo de envio |
Biópsias de pequenos fragmentos |
Embalagem primária: frascos plásticos com tampa, contendo formol a 3,7%. Embalagem secundária: saco plástico. Embalagem terciária: embalagem rígida,resistente com material absorvente no interior. |
Não precisa refrigerar.Temperatura ambiente.Idealmente até 3 dias. |
Peças cirúrgicas | Embalagem primária: sacos plásticos. Embalagem secundária: embalagem rígida, resistente, com material absorvente no interior |
Não precisa refrigerar.Temperatura ambiente.Idealmente até 3 dias. |
Líquidos Puncionados para anatomia em cavidades do tipo pleural, peritoneal ou cisto mamário. |
Embalagem primária: frascos plásticos com tampa sem fixador. Embalagem secundária: saco plástico. Embalagem terciária: embalagem rígida,resistente com material absorvente no interior. |
Geladeira ou caixa térmica com temperatura monitorada entre 2ºC e 8ºC. Enviar ao laboratório preferencialmente no mesmo dia da coleta e, no máximo, até o dia seguinte. Ou seja, atentar-se para coletas nos dias próximos a finais de semana ou feriados. |
Esfregaço em lâmina para Citologia | Embalagem primária: frascos plásticos com tampa contendo álcool hidratado 92,8ºC. Embalagem secundária: saco plástico. Embalagem terciária: embalagem rígida, resistente com material absorvente no interior. |
Não precisa refrigerar.Temperatura ambiente. |
Lâminas Prontas E/Ou Blocos De Parafina Contendo Amostras Respectivamente Já Coradas E Fixadas. | Embalagem primária e secundária: fornecidas pelo laboratório que realizou a primeira análise. Embalagem terciária: saco plástico. Embalagem terciária: embalagem rígida, resistente com material absorvente no interior. |
Não precisa refrigerar.Temperatura ambiente. |
Obs: A embalagem terciária não pode conter pedidos de transporte ou quaisquer outros documentos não previstos na normativa. |
Todos os pedidos médicos e amostras deverão estar registrados em formulário próprio para controle da instituição parceira (Hospitais) contendo os dados do exame, o nome do funcionário da instituição que preparou os itens, a data, carimbo e a assinatura do funcionário do laboratório que retirou o material. Assim, o protocolo de rastreabilidade das amostras utilizado pelo transporte será a cópia desse formulário da instituição, que será disponibilizado pelo funcionário responsável pelo atendimento. Além do protocolo, o Registro do Transporte de Material Biológico Humano deverá acompanhar os itens sendo preenchido no ato da retirada dos materiais pelo transportador.
Os veículos utilizados para transporte das amostras biológicas passam por higienização diária com álcool 70º em todos os compartimentos de contato com as embalagens terciárias, sendo todo o processo registrado. O laboratório mantém treinamentos periódicos em biossegurança e disponibiliza todos os EPIs e FISPQs aplicáveis para a equipe do transporte.
RDC 786, de 5 de maio de 2023.
RDC Nº 504, de 27 de maio de 2021.
Manual de boas práticas em Patologia. Emílio Assis. São Paulo: Sociedade Brasileira de Patologia, 2020.
Resolução CFM nº 2.169/2017.
Laboratory methods in histotechnology. Prepared by the Armed forces institute of pathology.
Published by the American Registry of pathology. Washinton D.C.1992.
Técnica histological em Anatomia Patológica com instruções para o cirurgião, enfermeira e citotécnicos. Jorge Michalany - 3ª edição. São Paulo Editora Michalany LTDA 1998.
Mantemos nosso compromisso com a qualidade dos serviços prestados por meio de processos de melhoria contínua. Sinta-se convidado(a) a participar conosco desses processos formalizando aqui a sua opinião:
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